Coluna: Direito e Justiça (07/03)
qui, 7 de março de 2024 08:09Direito e Justiça:
O Dia Internacional da Mulher:
– Dia Internacional da Mulher: 08 (oito) de março.
– Presto, aqui e agora, a minha singela homenagem.
– Mas, eu digo: o dia dela é e deve ser todo dia.
Mulher:
Um aroma suave
exalou das mãos do Criador,
quando seus olhos contemplaram
a solidão do homem no Jardim!
Foi assim:
O Senhor desenhou
o ser gracioso, meigo e forte
que Sua imaginação perfeita
produziu.
Um novo milagre:
fez-se carne,
fez-se bela
fez-se amor,
fez-se na verdade como Ele quer!
O homem colheu a flor
beijou-a, com ternura,
chamando-a, simplesmente,
Mulher!
– Ivone Boechat.
Toda Mulher:
Toda mulher deve ser amada
No dia-a-dia conquistada
No ser mãe endeusada
Na cama desejada
Na boca beijada
Na alegria multiplicada
No lar compartilhada
No seu dia festejada
Na tristeza consolada
Na queda levantada
Na luta encorajada
No trabalho motivada
No aniversário presenteada
Na alma massageada
Na beleza admirada
Na dificuldade ajudada
No cangote bem cheirada
Na vida abençoada
No mundo inteiro respeitada
E sempre que possível… abraçada.
– Bruno Bezerra.
Alma de Mulher:
Nada mais contraditório do que ser mulher.
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia
e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive
arrumando desculpas para os erros
daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas, dá à luz.
e depois fica cega diante dos filhos que gera.
Que dá as asas, ensina a voar, mas
que não quer ver partir.
os pássaros, mesmo sabendo que
eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda
que seu amor nem perceba mais tais detalhes.
Que, como numa mágica, transforma
em luz e sorriso as dores que sente na alma,
só para ninguém notar.
E ainda tem que ser forte para dar os ombros
para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia souber
entender a alma da mulher
– Lucinete Vieira.
O Dia Internacional da Mulher – oito de março:
Em homenagem à luta e às conquistas das mulheres, o Dia Internacional da Mulher foi definitivamente instituído pela ONU no ano de 1975, sendo que a escolha do dia 08 (oito) de março está relacionada com a greve das operárias russas em 1917, precedendo a Revolução Bolchevique.
Todavia, todos os anos divulga-se a narrativa ocidental falaciosa de que o Dia Internacional da Mulher surgiu em homenagem a 129 operárias estadunidenses de uma fábrica Têxtil, na Cidade de Nova York, que morreram carbonizadas, vítimas de um incêndio intencional (criminoso), ocorrido exatamente num dia o8 (oito) de março.
Em vista dessa duplicidade de versões (que pouco ou nada importa e que tampouco altera o significado da homenagem), qual é, ou seria, a exata estória do emblemático dia 08 (oito) de março? Penso ser melhor reportar as duas variantes e deixar a cargo, ou critério, de cada um, ou mesmo da História, a conclusão. Vejamos:
1ª Versão – O incêndio em Nova York: em 08 (oito) de março de 1857:
As operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York entraram em grave para reivindicar a redução da jornada de trabalho (de 16 para 10 horas diárias), o direito à licença-maternidade e a equiparação dos seus salários aos dos homens. As mulheres foram, ou teriam sido, trancadas na fábrica e, devido a um incêndio intencional, 129 delas morreram. Existem suspeitas fundadas e relevantes de que esta versão é falsa, nunca existiu, e de que, de fato, o Dia Internacional da Mulher não está ligado (diretamente, pelo menos) a ela.
2ª Versão – A revolta das operárias russas: em 1917:
Cerca de 90.000 operárias russas percorreram as ruas de são Petersburgo (então a capital da Rússia czarista), reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo em que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II, exigindo a saída do país da Primeira Guerra Mundial, pedindo a expropriação de terras e a distribuição igualitária de alimentos para a população e protestando também contra a carestia e a fome extremas então vigentes. Esse dia ficou conhecido como “Pão e Paz”.
Bem, hoje, isto de versões inventadas ou históricas não é o mais importante: quer sejam corretas, ambas, uma delas ou nenhuma, o que interessa é dar à data, bela e justa, o seu real e completo significado. Todas as mulheres do mundo é que são e devem ser as protagonistas do dia e de todos os demais dias do ano. Por que teriam de ser a lembrança e a homenagem às mulheres circunscritas a ligeiras 24 horas?
Coisa tola e egoísta de homens…! Para não dizer mais…!
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Não se sabe se essas datas foram criadas para homenagear a mulher ou se foi apenas mais uma data comercial. Se a ONU escolheu Oito de Março deve ser em homenagem ao fato ocorrido na Rússia ou em Nova Iorque. Lindas as mensagens.