Da Redação

 

Há três anos, no domingo de Carnaval, uma pessoa morreu e outra se feriu gravemente, após serem baleadas, pouco depois de 13h, na saída de um motel localizado na avenida Coronel Belchior de Godoy, bairro Goiás. A motivação seria um desentendimento financeiro após um suposto programa sexual.

 

O acusado, 53 anos, foi preso em flagrante e aguarda o julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Araguari. A defesa dele impetrou recurso em Belo Horizonte, tentando a sua absolvição sumária, alegando que este agiu em legítima defesa. Ainda requereu o decote das qualificadoras do motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

 

A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve a íntegra da decisão que mandou o acusado ao julgamento popular, devendo, assim, responder por homicídio qualificado consumado e homicídio qualificado tentado.

 

Ouvido em Juízo, ele negou ter realizado qualquer tipo de programa sexual com as vítimas, mas que passou a ser extorquido após uma simples conversa na qual forneceu seu número de celular. Por outro lado, a vítima sobrevivente confirmou que, naquela data, a outra vítima havia combinado um encontro sexual com o acusado.

 

OS FATOS

 

Testemunhas relataram aos policiais que ouviram os disparos da arma de fogo e viram duas pessoas caídas no chão. Chegando ao local, os militares encontraram uma das vítimas, 31 anos, sem os sinais vitais, apresentando uma perfuração de tiro no peito. A outra vítima, 21 anos, foi atingida por um disparo de arma de fogo nas costas e sobreviveu.

 

Durante as diligências, testemunhas teriam contado aos militares que após o crime o atirador fugiu em alta velocidade numa caminhonete L200/Triton, cor prata, sendo levantado que o suspeito tinha parentes em Uberlândia, tendo em vista que foram encontrados cartões bancários do mesmo perto das vítimas, além de folhas de cheques e outros documentos.

 

Após rastreamentos, foi montado um cerco numa residência no bairro Granada, na vizinha cidade. Houve uma negociação com o proprietário, o qual permitiu a entrada dos policiais. O homem tentava se esconder no telhado, sendo rendido pelas autoridades. Segundo apurado, o atirador confessou o crime e disse que se desentendeu com as vítimas depois de contratá-las para programas sexuais.

 

A arma utilizada pelo envolvido, um revólver calibre 38, dez munições intactas, do mesmo calibre, e a caminhonete foram apreendidos.