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Coluna: Pergunte ao Doutor (02/12)

qui, 2 de dezembro de 2021 09:43

1-O que é #DezembroLaranja2021?

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia vem promovendo a onda de conscientização até o fim do ano com o “Dezembro Laranja”, agindo como uma extensão do dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, comemorado no dia 29 de novembro.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com a campanha do Dezembro Laranja, espera contribuir com a conscientização sobre os riscos do câncer de pele, a importância da fotoproteção e a necessidade de respeitar as orientações das autoridades sobre os cuidados com a covid-19.

Como neste verão, diante da queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à covid-19, as praias e os espaços abertos voltarão a ser ocupados com mais intensidade, a SBD lembra que a retomada da normalidade deve ser feita com respeito às recomendações das autoridades sanitárias. Além desse cuidado, a população deve agregar à sua rotina as medidas de prevenção contra o câncer de pele.

“Adicione mais fator de proteção ao seu verão”: esta é mensagem central da campanha do Dezembro Laranja 2021. Esse mote estará presente em uma série de conteúdos desenvolvidos pela SBD, especialmente para a ação. Serão peças para redes sociais, com dicas de cuidados; vídeos com orientações de médicos dermatologistas; e gravações feitas por personalidades estimulando os brasileiros a aderirem aos cuidados preconizados; entre outras abordagens que buscam a conscientização.

 

2-Qual incidência no Brasil do Câncer de Pele?

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de câncer de pele no Brasil são preocu­pantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinoce­lular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos ca­sos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade. Por sua vez, o carcinoma espinocelular surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzirem sangramentos.

Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

 

3-Como será a campanha nesse ano de 2021?

 

Há oito anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamen­to da população e de outras instuições e entidades. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) contará com o apoio das seguintes hashtags: #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele #Maisprotecaonoverao #CampanhaCancerdePele2021.

 

4-Como prevenir o câncer de pele?

 

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.

Usar chapéus, camisetas e protetores solares. Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10h e 16h (horário de verão).

Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

 

5- Quais são os sinais e sintomas do câncer de pele?

 

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;

Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam, pois podem revelar o câncer de pele. O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces.

 

6-Qual tipo de câncer de pele pode ocorrer?

O melanoma, apesar de corresponder a apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte. Este tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradati­vamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

 

7-Como se faz o tratamento do câncer de pele?

 

Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes.

Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples.

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