Restrições em atividades religiosas já deveriam ser gradativamente flexibilizadas, dizem sacerdotes
qui, 21 de outubro de 2021 09:06Da Redação
Grupos de WhatsApp, mídias digitais e ambientes online têm sido palco de manifestações de questionamento a respeito de algumas restrições impostas pela pandemia de Covid-19 em Araguari. De forma mais específica, os usuários questionam o fato de atividades religiosas, cultos, missas e rituais espirituais ainda estarem submetidos a rígidas restrições, ao passo que festas, bares e eventos funcionam quase que em sua normalidade. Além disso, velórios continuam com horários curtos de duração e protocolos inflexíveis.
De acordo com o programa estadual Minas Consciente, que classifica Araguari na Onda Verde do plano – a menos restritiva – ambientes fechados podem ter 50% da lotação total, e os ambientes abertos não têm limitação. Ainda, a duração dos eventos não deve ultrapassar a marca de 12 horas.
A Gazeta do Triângulo ouviu líderes religiosos da cidade de Araguari para entender como a classe avalia o cenário. “Tudo depende dos índices. Se há muitos casos, é preciso manter as restrições, mas se os casos estão diminuindo, não vejo problema em diminuir também as restrições”, diz a jornalista e pastora Ana Paula Alves, da Igreja Ministério do Amor.
Também ouvido pela reportagem, padre Hélio, pároco da Paróquia São Sebastião, entende que o assunto precisa ser avaliado pelas autoridades. “Hoje se fala no retorno gradual das aulas presenciais nas escolas, das festas, e com protocolos menos rígidos. Sobre a celebração das missas e velórios, penso que poderiam sim liberar um pouco mais, mantendo a higienização com álcool gel e uso de máscaras. […] vendas de marmitex, hoje, as pessoas buscam e comem em casa, mas antes muitas gostavam de comer no ambiente da igreja, no salão. Assim, no geral as coisas vão voltando ao normal e as atividades religiosas ficam com regras mais antigas. Seria interessante isso ser analisado pelas autoridades”, ponderou o sacerdote.
Outros líderes espirituais também avaliaram a situação. “Já era para ter diminuído [um pouco mais as restrições]”, diz o pastor Carlos Cosaty. “Os casos têm diminuído. Mais da metade da cidade já foi vacinada”, comenta o pastor Lincoln Fernandes.
Outra autoridade religiosa ouvida pela reportagem, pastor Juliano, que é bastante ativo em obras sociais, também ponderou sobre a situação. “Creio que todas atividades, ou quase todas, já estão voltando, por exemplo, as festas, bares, eventos, dentre outros. As igrejas têm respeitado todos protocolos desde o princípio da pandemia, e feito um trabalho de orientações e concretização. Não apenas as igrejas, precisamos, no geral, retomar nossas atividades e, sim, diminuir as restrições. […] o papel da igreja sempre foi de grande relevância, e neste momento não pode ser diferente, pois é essencial para o pós-pandemia, que virá”, refletiu o pastor.
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