Da Redação 

Desde o último dia 8 de setembro, dia seguinte após manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e suas pautas, no feriado nacional da Independência, caminhoneiros estão realizando paralisações e bloqueios parciais em rodovias por todo o país.

O assunto chegou em Brasília, onde representantes do grupo se reuniram com o presidente da República nesta quinta-feira, 9, e disseram que a paralisação será mantida até que eles sejam recebidos pelo presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O grupo também se mobilizou durante o dia Sete de Setembro em apoio ao Governo Federal.

Os reflexos desse cenário atingem todo o país, inclusive o município de Araguari que, nesta quinta-feira, 9, de acordo com as autoridades policiais, presenciou manifestações em trechos de suas principais rodovias, como a BR-050, sentido Brasília, a LMG-748, sentido Indianópolis, com atos bloqueando pistas na ligação com a BR-365 e MG-223, sentido Caldas Novas, com vários trechos interditados.

Conforme as informações, não há expectativa de um bloqueio, segundo um dos organizadores. A estratégia dos manifestantes tem sido parar outros caminhoneiros convidando a categoria a “cruzar os braços e encostar o veículo” como forma de protesto.

As paralisações e bloqueios, ainda que parciais em estradas e rodovias, aumentaram o clima de tensão e instabilidade, abalando e desequilibrando o “estado emocional” da população, de forma geral, fazendo com que muitas pessoas corressem para encher o tanque de seus veículos, temendo eventual escassez. A princípio, a situação ainda está dentro da “normalidade”, mas a incerteza ainda é uma variável.

A reportagem da Gazeta do Triângulo, em diálogo com André Nunes, gerente de posto de combustíveis em Araguari, questionou a respeito da situação. “No momento é tudo incerto. Nesta semana já tivemos duas altas, e nesta quinta-feira, 9, fizemos um pedido de carga na Petrobrás, que atendeu normalmente. Os bloqueios nas estradas estão parciais, se não houver nada extremo, amanhã a normalidade deve seguir, o problema foi que todo mundo ficou apavorado e correu para os postos”, explicou.

Outra fonte ouvida pela Gazeta, Ernani José, da Coopdiesel, também relatou que em seus postos não há falta de gasolina, diesel e álcool, mas ressalta que o cenário é incerto.

Entretanto, é esperado um aumento no preço dos combustíveis nos próximos dias. A média do valor do litro de gasolina em Araguari ontem, 9, era de R$ 6,54. Em alguns locais no país a gasolina já atingiu o valor de R$7 reais o litro.

Ainda, áudios divulgados nas redes sociais nos últimos dias indicavam que o agronegócio estaria apoiando as manifestações locais. Porém, procurados pela reportagem, nomes que atuam no setor não confirmaram a informação, mas afirmaram que é preciso “respeitar os manifestantes”.