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População reclama de vazamentos de água em Araguari; SAE justifica e explica dificuldades enfrentadas

sex, 18 de junho de 2021 08:13

Da Redação

Durante esta semana, circularam nas redes sociais reclamações e críticas de munícipes, que se queixavam de vazamentos de água em vias públicas por toda a cidade, e cobravam uma solução dos problemas por parte da Superintendência de Água e Esgoto (SAE Araguari).

Muitos vazamentos são ‘trocas de ramal’, o que seria responsabilidade do usuário do serviço, outros são em razão da rede ser antiga, diz assessoria de comunicação da SAE.

Além disso, alguns vereadores foram até a sede da autarquia também para cobrar resoluções e explicações a respeito da situação.

A reportagem da Gazeta do Triângulo procurou a assessoria de comunicação da superintendência para entender a razão da problemática e o que estava sendo feito para amenizar os vazamentos.

De acordo com a autarquia municipal, quando a nova gestão assumiu o comando, não havia cimento, peças, nem mesmo itens básicos como a chamada ‘veda rosca’, utilizada pelos servidores que atuam em reparos e que trabalham com encanamentos. “Pessoas já se ofereceram para comprar materiais, mas no serviço público não é assim. Tivemos falta de funcionários responsáveis por compras e processos de licitação. Hoje, a autarquia tem uma licitação de aproximadamente 800 itens, e para cada um deles precisamos de no mínimo três cotações, então vamos comprar os chamados ‘joelhos’, ‘veda rosca’, fita isolante, materiais hidráulicos e elétricos, dentre outros. Assim, nesses processos de licitação, o fornecedor, algumas vezes, demora até 60 dias para entregar um orçamento. Alguns não querem vender para órgãos públicos”, informou a comunicação.

Além disso, a SAE voltou a lembrar da dificuldade orçamentária enfrentada, em razão da inadimplência por parte de milhares de contribuintes em Araguari. O órgão já acumula quase R$50 milhões de reais em crédito a ser recebido por usuários que não têm pago suas tarifas de água.

“Estamos sem capacidade financeira para investimentos e expansões, então, estamos licitando. Os vazamentos, além de termos tubulações extremamente antigas, as cerca de 11 mil ligações de água clandestinas, acabam aumentando o volume da rede através de uma água que a SAE não está ciente, muitos ligam o esgoto na rede pluvial. Hoje, por falta de recursos humanos e peças, priorizamos casos em que já falta de água para um morador. Os vazamentos em ruas e canteiros são um grande problema, mas não adianta abrirmos um buraco na via e não termos materiais para parar o vazamento”, informou a SAE à Gazeta.

Ainda, a autarquia falou sobre um vazamento muito comentado, que ocorreu na rua Coronel Póvoa. “Fomos até lá resolver e era um caso de ‘troca de ramal’, notificamos o usuário. Ou seja, era responsabilidade de um particular, não da SAE”.

O órgão tem enfrentado problemas como a falta de peças, materiais e equipes, desde janeiro, além de uma dívida herdada que era de aproximadamente R$5 milhões de reais no início do ano, de acordo com a autarquia, além da falta de dinheiro, em razão do grande número de inadimplentes, e de despesas fixas que perfazem a quantia de cerca de R$2 milhões a cada mês.

Os vazamentos, apesar de serem um problema ambiental, não devem causar dano significativo em relação à falta de água pelo período de seca, garante a SAE.

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