Com escassez hídrica, Agência Nacional de Águas declara situação crítica no Triângulo Mineiro
ter, 8 de junho de 2021 10:13Da Redação
A crise hídrica é um problema preocupante, e ultimamente tem sido causada em razão do baixíssimo volume de água nas hidroelétricas (que geram a energia elétrica que abastece as cidades), logo após o período de precipitações.
Conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que monitora a situação, o volume útil está abaixo de 25% nas hidrelétricas de Água Vermelha, Emborcação, Marimbondo, Nova Ponte e São Simão, que fazem parte do subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
A Emborcação está instalada no Rio Paranaíba, em Araguari, sendo a maior do Triângulo Mineiro, e representa 10,72% do subsistema Sudeste e Centro-Oeste. O volume útil do reservatório no dia 1º de junho era de 22,21% e teve um tímido aumento três dias depois, chegando a 22,27%.
A referida usina tem uma potência instalada de 1.192 MegaWatts (MW), o que quer dizer que a energia elétrica máxima produzida abasteceria duas cidades do tamanho de Uberlândia. Entretanto, com o nível do reservatório tão baixo, não é possível gerar a potência máxima.
A situação mais crítica é na Usina Água Vermelha, instalada no Rio Grande, na divisa entre os municípios de Iturama (MG) e Ouroeste (SP), que tem potência 1.396,200 Megawatts. Segundo o ONS, o volume útil no dia 1º de junho era de 8,94%, e na última sexta-feira, 4, já era de 7,74%. Ainda, a Marimbondo, Nova Ponte e São Simão registraram, no quarto dia de junho, 8,21%, 15,99% e 10,09%, respectivamente.
O último período chuvoso foi o mais seco em 91 anos no Brasil, e também em Minas Gerais.
A época de chuvas na região começa por volta de outubro e termina em abril. O período seco vai de maio até setembro.
Assim, as fornecedoras de energia podem acabar precisando acionar as termoelétricas para complementar a produção, o que pode encarecer a conta de luz, por meio da chamada ‘bandeira vermelha’ na tarifa.
A Agência Nacional de Águas (ANA) declarou ‘situação crítica’ em áreas de cinco estados, porém, acredita que com o uso consciente não faltarão recursos hídricos. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também alerta para o uso racional de energia elétrica.
Em diálogo com Ivan Magela, da Cemig, a reportagem foi informada de que é possível acompanhar as medições por ferramenta digital. “A Emborcação tem cerca de 22% de volume útil, a Nova Ponte tem aproximadamente 15%. As informações, inclusive, estão disponíveis no aplicativo ‘Proximidade’”, afirmou.
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