Da Redação

 

A pandemia causada pela covid-19 continua gerando temor e insegurança em todo o país. Em Araguari não é diferente. Com o comércio fechado, os leitos de UTI e o sistema de saúde funcionando no limite e o número assustador de mortos pela doença, a vacina promete ser a esperança de que nos próximos meses a normalidade possa gradualmente ser retomada. Porém, os danos causados pelo vírus ainda serão sentidos, provavelmente, durante os próximos anos.

Desde a última sexta, 26, Araguari está sob toque de recolher no período noturno. Além disso, o comércio de bebidas alcóolicas está proibido no município, em quaisquer dias ou horários.

Atualmente, as vacinas que restaram na cidade são destinadas à imunização de pessoas que já haviam tomado a primeira dose, devendo receber, agora, a segunda aplicação, que é destinada aos idosos e aos profissionais de saúde que tomaram a vacina na última remessa.

Foi informado pela prefeitura que Araguari deve receber da GRS (Gerência Regional de Saúde) 1.650 doses de imunizantes (CoronaVac e AstraZeneca) nos próximos dias, com a segunda aplicação garantida. “Estamos aguardando a GRS, e, em breve, é possível que recebamos mais vacinas. No momento estamos administrando a segunda dose em idosos e profissionais da saúde que já haviam recebido a primeira”, afirmou Flávio Soares, secretário municipal de Gabinete e responsável pela comunicação institucional.

Além disso, a ansiedade gerada pela espera da imunização é grande, uma vez que o mês de fevereiro foi o mais grave de todos desde o início da pandemia em Araguari, e, apesar de ser o menor mês do ano, com apenas 28 dias, fechou com 69 óbitos causados pela covid-19. Mais que o dobro das 30 mortes registradas em janeiro.

CENÁRIO MUNICIPAL

Os dados atuais apontam 8.646 casos positivos para Covid-19, 2.140 em monitoramento, sendo 1.171 confirmados e 969 suspeitos. Há 223 óbitos causados pela doença registrados, e mais três suspeitos. No que diz respeito à ocupação dos leitos de UTI, são 21 pacientes na Santa Casa de Misericórdia, representando 105% de sua ocupação máxima. Ainda, estão ocupados 21 (84%) leitos de enfermaria no Hospital de Campanha, 17 (242%) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), seis (100%) no Hospital São Sebastião, sete (58%) no Hospital Santo Antônio e três na Santa Casa. As informações constam no último boletim epidemiológico municipal, divulgado pela prefeitura nesta segunda, 1º.