Da Redação

A ponte Wagner Estelita Campos divide os estados de Goiás e Minas Gerais, entre os municípios de Cumari e Araguari. Foi construída em 1960 e se localiza na BR-050, uma das principais rodovias do país, na altura do km 314 (GO) e do km 0 (MG).

Com a duplicação da pista, foi necessária a construção de uma nova ponte, que terá 170 metros de comprimento e vãos-livres de até 45 metros; duas faixas de rolamento com 3,6 metros de largura cada uma; acostamento de 2,5 metros e calçada de 1,5 metro na lateral. O investimento é de mais de R$ 12 milhões, segundo informado pela Eco050.

 

As obras foram iniciadas em abril e estão em sua primeira fase, que consiste na construção das fundações da nova ponte. Para isso, foram realizadas escavações em rocha, sob lâmina d’água, a 14 metros de profundidade.

De acordo com a concessionária, nesta etapa, não são necessárias interdições na pista, uma vez que não se trata de uma obra rodoviária comum. Isso porque, neste início, todo o processo é feito no rio, com uso de embarcações. São utilizadas balsas e catamarãs, que carregam guindastes que suportam até 140 toneladas para a realizar os trabalhos de perfurações, de 5 metros cada.

“Toda essa operação é feita com muito cuidado para estabilizar a aparelhagem devido às oscilações da água no Rio Paranaíba, que variam, em média, 1 metro ao longo do dia, a depender de como a usina de Emborcação altera sua produção de energia”, destacou a Eco050.

Assim que a primeira fase estiver concluída, serão efetuados reparos em duas fundações na antiga ponte, que conta com 550 toneladas de aço. Depois disso, ocorrerá a construção da laje da nova estrutura.

Com a finalização dos trabalhos da ponte e das obras de duplicação em andamento no vizinho estado, a BR-050 estará 100% duplicada de São Paulo até Catalão, o que trará mais conforto e segurança ao usuário, além de ajudar na redução do tempo de viagem.

 

QUEM É?

Filho de Frederico Campos e Julieta Prates Campos, Wagner Estelita Campos, que tem seu nome nessa importante ponte, nasceu em Catalão no dia 5 de janeiro de 1910 e faleceu em 13 de setembro de 1979. Foi advogado, delegado-geral de polícia e secretário de Segurança Pública em Goiás, professor, ministro do Tribunal de Contas da União e deputado federal.

Exerceu ainda funções administrativas tanto no Ministério da Agricultura quanto na prefeitura do Rio de Janeiro, colaborou na instalação do BNDES e ministrou aulas na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, instituição ligada à Fundação Getúlio Vargas.