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Quarta fase da Operação Hoopoe é deflagrada em Araguari e Uberlândia

qua, 12 de agosto de 2020 10:27

Da Redação

Durante a operação foram apreendidos documentos, celulares, computadores, dinheiro e joias

Por meio do trabalho conjunto entre polícias, o Ministério Público e a Gaeco foram apreendidos drogas, documentos, celulares e computadores

Por meio do trabalho conjunto entre polícias, o Ministério Público e a Gaeco foram apreendidos drogas, documentos, celulares e computadores

Nove mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos em Araguari e Uberlândia, durante a quarta fase da Operação Hoopoe. A ação investiga o desvio de recursos públicos em Araguari, por meio da verba de publicidade institucional e tem como investigados agentes públicos, que possuem ou possuíam ligação com a administração municipal. O principal alvo é o ex-secretário de Gabinete, Marco Antônio Farias que está foragido desde agosto do ano passado.

A operação foi desencadeada nesta terça-feira, 11, pelo Ministério Público Estadual (MPE) em Araguari e realizada com apoio da Promotoria de Justiça de Uberlândia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Pela manhã, os policiais seguiram para um condomínio em Uberlândia, onde localizaram o filho do ex-secretário e um menor que foi apreendido por ato infracional. Após buscas no local, foi encontrada grande quantidade de maconha, resultando na prisão em flagrante do jovem por tráfico de drogas.

Também participaram da operação os promotores de Justiça André Luis Alves de Melo, da 1ª Promotoria de Justiça de Araguari, Daniel Marotta Martinez, de Uberlândia, e o delegado da Polícia Civil (PC) Rodrigo Fiorino. A ação também contou com o apoio da Polícia Militar e da PC. De acordo com o promotor de Justiça André Luís Alves de Melo, essa etapa das investigações é resultado das informações colhidas no celular do ex-secretário que foi apreendido em 2018.

Do aparelho foram extraídas mais de 50 mil páginas através do equipamento Celebrate. As informações apontam ainda possíveis indícios de fraudes contra o patrimônio público, além disso, outros dois ex-secretários também são investigados pela tentativa de obstrução da Justiça, no intuito de manter as irregularidades praticadas em Araguari por meio de laranjas. “Algumas pessoas, durante o afastamento judicial de um secretário, continuaram ordenando as despesas. Um outro alvo é uma pessoa que entregou um celular falso e foi identificado pela perícia. Diante disso, foi feita uma outra medida de busca complementar na residência dessa pessoa, que será processada pelo crime de obstrução de Justiça. Todos são servidores ou ex-servidores da prefeitura envolvidos em esquema de corrupção na área da publicidade”, esclareceu o promotor.

Os promotores André Luis Alves de Melo, Daniel Marotta Martinez, de Uberlândia, e o delegado da Polícia Civil Rodrigo Fiorino, além da PM, estiveram à frente da operação

Os promotores André Luis Alves de Melo, Daniel Marotta Martinez, de Uberlândia, e o delegado da Polícia Civil Rodrigo Fiorino, além da PM, estiveram à frente da operação

Durante a operação também foram apreendidos outros objetos de interesses das investigações, como celulares, joias, notebooks, pendrive, aproximadamente R$ 5 mil em dinheiro e R$ 9 mil em cheques. O promotor André Luís Alves de Melo ressaltou que já foram oferecidas outras denúncias e que ainda estão em instrução, além de inquéritos policiais que foram instaurados pela polícia. Há, também, investigações em curso a respeito de várias promotorias relacionadas ao desvio de verba em iluminação pública, varrição, saúde, além de vários outros objetos que resultam em irregularidades.

 

Lembre o Caso

As investigações iniciaram em 2017 com escutas telefônicas do celular do ex-secretário, para se identificar atos ilícitos no Cemitério de Araguari. O acusado também foi alvo da primeira fase da operação Hoope, que ocorreu em abril de 2018, e chegou a ser afastado do cargo suspeito de outros desvios nos cofres municipais. Marco Antônio foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, peculato (desvio), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, uma vez que o montante desviado era aplicado nas empresas envolvidas no esquema sendo que uma delas pertencia a ele, de acordo com o MPE. Em razão da complexidade dos fatos e descoberta de inúmeros atos ilícitos, a investigação ainda continua.

4 Comentários

  1. Anônimo disse:

    Tudo bem, mas tem que investigar o governo do blindado também que pintou e bordou. Ou ele não pode.

  2. Anônimo disse:

    Lembro muito bem da venda de túmulos no cemitério e lembro quem vendia também. Parece que não deu em nada, ficou por isso mesmo. Turma do blindado.

  3. Luana disse:

    Estaria bem investigar a apropriação dos terrenos de AENA que esta em frende o Aeroporto de Araguari, os policias do contingente de Araguari se apropio de este terreno e fico por iso mesmo.

  4. Anônimo disse:

    A área desse aeroporto no passado já foi imensa. É dessa maneira, fica tudo por isso mesmo as invasões de terras nesse país

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