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Prevenção e combate ao coronavírus no ambiente prisional mantêm proteção dos detentos

qua, 24 de junho de 2020 00:41

Da Redação

 Novos presos em Araguari continuam sendo encaminhados para Tupaciguara

Sistema prisional reforça higienização durante a pandemia

Sistema prisional reforça higienização durante a pandemia

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) asseguram que trabalham intensamente e de forma integrada para prevenir e combater a covid-19 no ambiente prisional.

Por meio de assessoria, ambos informaram que várias medidas são discutidas e atualizadas, em duas reuniões diárias, para que servidores e custodiados destas unidades de custódia se mantenham protegidos em tempos de pandemia.

Dentre elas, está um modelo pioneiro no país de circulação restrita de detentos nesse período, classificado como referência pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo o território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entrada para novos custodiados do sistema prisional.

Todas as pessoas que forem presas no estado, neste momento de pandemia, estão sendo encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio, o que aconteceria se fossem encaminhadas de imediato para outras unidades. No caso de Araguari, os homens são levados para Tupaciguara e as mulheres para Ituiutaba. Após a observação e atestada a sua saúde, são encaminhados para as demais unidades prisionais do Estado.

Para evitar a disseminação do vírus por meio de contato com o público externo, as visitas foram suspensas, visando diminuir a circulação de pessoas, assim como a entrega, até então opcional, de kits suplementares contendo alimentos, remédios entre outros itens, para evitar a circulação de materiais contaminados. Destaca-se que esses itens continuam sendo fornecidos pelas unidades prisionais e recebidos, ainda, via Correios. Todos os kits enviados por meio postal são inspecionados, por questões de segurança.

No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde. Em todas as unidades em que há presos com covid-19 confirmada, a desinfecção do ambiente também é imediata e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva.

 

FIQUE DE OLHO

Evitar o contágio via profissionais de segurança: Imprescindíveis para a segurança das unidades, os profissionais estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros.

Evitar a circulação de presos para realização de audiências: Foram instalados equipamentos para a realização de videoconferências judiciais em todas as unidades prisionais que estão, aos poucos, se adaptando ao uso dessa ferramenta. Com isso, evita-se o deslocamento da maioria dos presos para o ambiente extramuros e diminui-se o risco de contágio pelo coronavírus.

Contato com as famílias: Com a suspensão das visitas, necessária para contenção do vírus, os familiares podem ter contato com seus parentes de três formas: por meio de cartas (ação prevista para todas as unidades e com média de 35 mil recebimentos por semana), ligações telefônicas (cujo número é diferente em cada unidade e deve ser fornecido pelo presídio ou penitenciária; a média semanal é de 15 mil ligações realizadas) ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponibilizada.

Limpeza geral e desinfecção de ambientes: As áreas estruturais como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e também veículos estão passando por higienização reforçada, semanal, durante a pandemia. A ação é simultânea em todas as 194 unidades do Estado.

Máscaras e EPIs: O sistema prisional está produzindo máscaras para uso nas próprias unidades e segurança de todos. Todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades de EPIs e, a eles, este material é fornecido sistematicamente. Os presos também utilizam máscaras quando estão com algum sintoma suspeito ou quando pertencem a alas ou pavilhões onde outro detento foi testado positivo para a doença.

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